sexta-feira, 19 de abril de 2013

Let's go party!




Já andei me manifestando no FB sobre a onda das "partys". Acho muito sem graça e... cafona mesmo, ficar chamando festa (ó que palavra gostosa de pronunciar!) pelo seu similar em inglês. Mas enfim, contrariamos a máxima em que o colonizado ao ser consciente da colonização já está mais livre...

E insisto em algo, que também já disse em outras oportunidades, os “povos do Norte”, cada um à sua maneira, tem coisas bacanas que podíamos copiar. Mas, não. Insistimos em importar o lixo. E esse parecer ser o caminho que as “partys” têm seguido.

Dentre aqueles que trabalham com esse tipo de evento, o debate trazido pela revista de O Globo nesse último domingo (21/10) não surpreende. Essa questão já está posta e há basicamente duas linhas de pensamento. Aqueles que produzem por, digamos, amor à arte, pelo prazer e claro, pela grana, afinal ninguém trabalha de graça. Esse é um grupo que resiste à “tendência” dos “drink games” (ops! Mais uma em idioma estrangeiro...). Para eles se a principal atração da noite é o consumo, mais do que excessivo, obsessivo de álcool, melhor é pendurar as chuteiras e encontrar outra atividade.

Quando eu era adolescente, festas em que o objetivo maior era beber a ponto de vomitar ou desmaiar tinham nome e público definido, eram as micaretas. As festas que recebiam a qualificação de “alternativas”, eram aquelas onde se ouvia o que não tocava nas pistas tradicionais da cidade.  O principal era a música boa, muitas vezes ao vivo, dançar e também tomar uma cerveja, por que não? Claro, que muitas vezes as pessoas passavam do ponto. Mas ninguém saía de casa com esse intuito.

Graças a isso ritmos tradicionais como o forró foram resgatados, revisitados e fizeram um monte de gente redescobrir as danças a dois. Ponto pra cultura nacional! Outros espaços se mantiveram abertos, mesmo que reduzidos, como é o caso dos diversos estilos de rock. Há, felizmente um grupo para o qual o principal compromisso é a difusão da cultura, o prazer da boa música, conversa... e do sexo oposto, da cervejinha, etc. Uma coisa não tem, nem deve, excluir a outra.

Para muita gente a matéria de ontem foi um “desabafo”. Que bom.

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