Já andei me manifestando no FB
sobre a onda das "partys". Acho muito sem graça e... cafona mesmo,
ficar chamando festa (ó que palavra gostosa de pronunciar!) pelo seu similar em
inglês. Mas enfim, contrariamos a máxima em que o colonizado ao ser consciente
da colonização já está mais livre...
E insisto em algo, que também já
disse em outras oportunidades, os “povos do Norte”, cada um à sua maneira, tem
coisas bacanas que podíamos copiar. Mas, não. Insistimos em importar o lixo. E
esse parecer ser o caminho que as “partys” têm seguido.
Dentre aqueles que trabalham com
esse tipo de evento, o debate trazido pela revista de O Globo nesse último
domingo (21/10) não surpreende. Essa questão já está posta e há basicamente
duas linhas de pensamento. Aqueles que produzem por, digamos, amor à arte, pelo
prazer e claro, pela grana, afinal ninguém trabalha de graça. Esse é um grupo
que resiste à “tendência” dos “drink games” (ops! Mais uma em idioma
estrangeiro...). Para eles se a principal atração da noite é o consumo, mais do
que excessivo, obsessivo de álcool, melhor é pendurar as chuteiras e encontrar
outra atividade.
Quando eu era adolescente, festas
em que o objetivo maior era beber a ponto de vomitar ou desmaiar tinham nome e
público definido, eram as micaretas. As festas que recebiam a qualificação de
“alternativas”, eram aquelas onde se ouvia o que não tocava nas pistas
tradicionais da cidade. O principal era
a música boa, muitas vezes ao vivo, dançar e também tomar uma cerveja, por que
não? Claro, que muitas vezes as pessoas passavam do ponto. Mas ninguém saía de
casa com esse intuito.
Graças a isso ritmos tradicionais
como o forró foram resgatados, revisitados e fizeram um monte de gente
redescobrir as danças a dois. Ponto pra cultura nacional! Outros espaços se
mantiveram abertos, mesmo que reduzidos, como é o caso dos diversos estilos de
rock. Há, felizmente um grupo para o qual o principal compromisso é a difusão
da cultura, o prazer da boa música, conversa... e do sexo oposto, da
cervejinha, etc. Uma coisa não tem, nem deve, excluir a outra.

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